A manhã tranquila de quinta-feira transformou-se num cenário de tragédia que deixou Escalos de Cima, Castelo Branco e toda a comunidade académica do ISEL em choque absoluto. Aos 27 anos, Rodrigo Miguel Nunes Pires, engenheiro mecânico, marido dedicado e pai de uma menina pequena, viu a sua vida interrompida de forma brutal na Estrada Nacional 233, perto de São Miguel de Acha.

Rodrigo saiu de casa por volta das oito da manhã, como fazia todos os dias, despedindo-se da esposa com um beijo rápido antes de seguir para mais um dia de trabalho. Eram os seus últimos minutos de vida.
Pouco depois, por motivos ainda envoltos em dúvidas — fala-se em piso escorregadio, possível falha mecânica ou até um desvio fatal de atenção — Rodrigo perdeu o controlo da viatura e saiu violentamente da estrada, num troço conhecido pelos habitantes como perigoso, especialmente nas primeiras horas do dia.
O impacto foi tão forte que as equipas de socorro nada conseguiram fazer para o salvar. A notícia correu pelas aldeias a uma velocidade devastadora: o jovem engenheiro, elogiado pela sua inteligência, humildade e dedicação à família, tinha partido para sempre.

Nas redes sociais, sucedem-se mensagens emocionadas de amigos, colegas e antigos professores que o recordam como “um exemplo”, “um génio gentil” e “um jovem com o mundo pela frente”.
A esposa, Cristiana, devastada, recebeu apoio de toda a comunidade, que descreve a dor como “inimaginável”.
O último adeus realiza-se esta sexta-feira, na Capela de Escalos de Cima, onde se espera a presença de dezenas de pessoas para prestar homenagem a um jovem cuja vida foi interrompida antes do tempo — e cuja ausência será sentida durante muitos anos.
Uma perda inesperada, brutal e incompreensível… que deixou uma aldeia inteira a perguntar “porquê?”.