A tarde que deveria ter sido apenas mais um dia de trabalho transformou-se numa tragédia absolutamente devastadora em Vila Real. Francisco Araújo, apenas 23 anos, conhecido por todos como o talentoso guarda-redes e o irreverente “DJ Desko”, caiu diante dos colegas de forma súbita, num colapso que ninguém conseguiu prever — nem travar.

Natural de Refojos, em Cabeceiras de Basto, Francisco era daqueles jovens impossíveis de ignorar: espírito alegre, energia contagiante, amigo de todos e dono de uma vontade férrea de viver tudo ao máximo. Dentro e fora dos campos, marcou equipas como o Grupo Desportivo de Cavez, o Atlético Cabeceirense e o Contacto Futsal Club. Já nas noites da região, iluminava pistas de dança com a mesma paixão com que defendia balizas.
Mas, naquela tarde fatídica, algo inexplicável aconteceu.
No meio do trabalho, Francisco sentiu-se mal — e em questão de segundos o seu coração falhou de forma brutal e inesperada. Não houve sinais prévios, não houve alertas, não houve tempo. Apenas o choque, o desespero dos colegas e a impotência perante um destino severo demais para alguém tão jovem.
A notícia espalhou-se rápido e atingiu a comunidade como uma onda gelada. Amigos, família, antigos colegas de equipa e até pessoas que apenas o conheciam das noites de festa ficaram em estado de incredulidade. Ninguém conseguia entender como alguém tão cheio de vida podia desaparecer assim, sem aviso, sem explicação.

O Grupo Desportivo de Cavez resumiu o sentimento coletivo numa frase que arrepia:
“O sorriso dele vai continuar a ser lembrado por quem teve a sorte de o conhecer.”
Mas para muitos, o vazio deixado por Francisco não será fácil de preencher.
A sua voz, a sua música, o seu espírito e a sua alegria pura — tudo desapareceu demasiado depressa, deixando uma região inteira suspensa entre a dor, a saudade e a pergunta que ninguém consegue calar:
Porquê ele? Porquê agora? Porquê tão cedo?
A morte súbita de Francisco Araújo tornou-se um daqueles acontecimentos que não apenas marcam… mas rasgam.