Filomena Teixeira, o rosto mais resiliente da dor e da esperança em Portugal, voltou a emocionar o país com uma revelação inesperada. Vinte e sete anos depois do desaparecimento enigmático de Rui Pedro, o menino que continua a ser uma ferida aberta no coração de Lousada, a mãe decidiu quebrar o silêncio — e o que contou deixou muitos em choque.

Numa entrevista exclusiva à revista Maria, Filomena revelou que a família, tantas vezes marcada pela tragédia, está prestes a ganhar um novo membro. A filha, Carina, está novamente grávida, desta vez de um menino. Mas o que à partida poderia ser apenas uma boa notícia transformou-se num momento carregado de simbolismo.
“Estou feliz, como é óbvio… mas é impossível desligar-me do meu Rui Pedro. Tudo me leva a ele”, confessou, num sussurro que pareceu atravessar décadas de angústia. Filomena admitiu mesmo que, ao saber que o bebé seria um menino, sentiu um arrepio estranho, como se uma sombra antiga tivesse voltado a aproximar-se. “É como se a vida estivesse a tentar devolver-me algo… ainda que nunca seja o mesmo.”
Há quem garanta que Filomena, ao ver a ecografia, ficou imobilizada durante longos segundos — e que teria dito, em lágrimas: “Ele vai ter o nome que o Rui escolheria para um irmão.” A própria não confirma nem desmente, mas admite que “há sinais que não se explicam”.

E enquanto tenta abraçar a alegria que chega, Filomena continua a travar as batalhas silenciosas que a perseguem desde 1998. Confirma, porém, que ainda vive sob o mesmo teto com Manuel Mendonça, pai de Rui Pedro. A relação já não é conjugal, mas a dor e a busca incessante pelo filho que nunca regressou mantêm-nos unidos por um laço que o tempo não conseguiu quebrar.
“Somos família. No sentido mais duro e mais real da palavra”, explicou.
Entre luzes e sombras, Filomena mantém a promessa que faz todos os dias ao filho desaparecido: nunca desistir. Nunca esquecer. Nunca aceitar o silêncio como resposta.