O que era para ser um jantar tranquilo na Foz transformou-se num autêntico pesadelo para Hugo Montenegro, de 24 anos, o filho mais velho — e mais mediático — do primeiro-ministro Luís Montenegro. A noite de sábado, 6 de dezembro, ficou marcada por um episódio que mergulhou a segurança da família do chefe do Governo no centro de um escândalo inesperado.

Segundo testemunhas, Hugo encontrava-se num restaurante da zona quando um indivíduo — alegadamente experiente em furtos tecnológicos — circulou entre carros como quem escolhe um alvo. O BMW do jovem foi o eleito. Em menos de 20 segundos, o suspeito terá usado um dispositivo eletrónico capaz de desbloquear veículos de última geração sem deixar sinais de arrombamento. Depois, retirou do interior um MacBook, um iPad, um tablet e uns auscultadores, numa ação tão rápida que ninguém percebeu o que acontecia.
Hugo, ao regressar ao carro, entrou em pânico. “Estava branco, sem conseguir falar. Percebeu logo que aquilo não era um roubo comum”, contou uma fonte próxima. A queixa foi apresentada de imediato, e iniciou-se uma corrida contra o tempo.
O que se seguiu parece retirado de um filme policial: equipas no terreno, aplicações de rastreamento a apitar em simultâneo e agentes a deslocarem-se em alta velocidade até ao bairro da Pasteleira. Foi lá, escondido num prédio abandonado, que todo o material foi localizado.

A rapidez da operação levantou suspeitas de que o ladrão sabia exatamente quem era o dono do carro. “Não foi casual. Muito menos inocente”, confidenciou outra fonte, garantindo que o episódio deixou o primeiro-ministro “profundamente abalado”, embora Luís Montenegro mantenha silêncio absoluto sobre o caso.
O suspeito do furto fugiu antes da chegada das autoridades — e é isso que, segundo quem conhece os bastidores da investigação, está a deixar a família Montenegro em alerta máximo.