Membro do CHEGA acusa Governo de abandonar Ângela Pereira e lança ataque duro: “Há dinheiro para tudo… menos para salvar uma jovem”
O caso de Ângela Pereira, a jovem de 23 anos que comoveu o país com o seu apelo desesperado por ajuda médica, continua a provocar ondas de choque — agora também no plano político. Desta vez, foi Felipe Melo, membro do partido CHEGA, quem não poupou críticas ao Governo português, acusando-o de abandono, hipocrisia e falta de prioridades.
Num desabafo contundente que rapidamente começou a circular nas redes sociais, o membro da oposição apontou o dedo ao Estado por aquilo que considera ser uma escolha moral inaceitável. As palavras são duras, diretas e carregadas de indignação:
“Há dinheiro para tudo neste país.
Há quatro milhões para tratamentos a quem vem de fora.
Há milhões esbanjados no SNS.
E não há dinheiro para uma jovem cujo único sonho é viver?”
Felipe Melo foi mais longe, descrevendo Portugal como um “triste país” e deixando implícita a ideia de que o sistema falhou redondamente com Ângela, que enfrenta um prognóstico dramático após complicações graves de saúde e a interrupção do seu tratamento. Para o membro do CHEGA, o caso expõe uma ferida profunda na gestão pública e na forma como o Estado decide quem merece — ou não — continuar a lutar pela vida.
O político terminou o seu apelo com um chamamento à ação, afastando-se momentaneamente da crítica institucional para convocar a sociedade civil: “Vamos criar uma onda de solidariedade enorme para a Ângela”. Uma frase que ecoa o sentimento de muitos portugueses que, independentemente de ideologias, se mostram chocados com a situação da jovem.
O caso de Ângela Pereira, que começou como um grito solitário nas redes sociais, transformou-se num símbolo de debate nacional — envolvendo médicos, figuras públicas, cidadãos comuns e agora também partidos políticos. Entre acusações ao Governo, pedidos de justiça e correntes de solidariedade, uma coisa é clara: o país inteiro está a olhar para Ângela — e a perguntar-se se ainda é possível fazer mais por ela.
