A noite que deveria ter sido tranquila para Hugo Montenegro, o filho mais velho — e mais mediático — do primeiro-ministro Luís Montenegro, transformou-se num episódio digno de um thriller policial que deixou a segurança da família do chefe do Governo sob forte questionamento.
Tudo aconteceu na zona da Foz, no Porto, numa altura em que o jovem empresário, de 24 anos, jantava discretamente com amigos. O seu BMW, estacionado nas proximidades, foi alvo de um assalto altamente sofisticado, executado com uma precisão que levantou suspeitas de que o autor sabia exatamente quem estava a atingir.

O criminoso abriu o veículo sem partir vidro, sem forçar fechadura, sem deixar marcas: usou um dispositivo eletrónico de última geração, normalmente associado a grupos especializados, para aceder ao interior da viatura como se tivesse a chave original.
O que levou?
Um MacBook, um iPad, um tablet e auscultadores, mas as autoridades consideram que o alvo poderia ser mais do que simples eletrónica: os aparelhos continham dados pessoais, contactos e informação sensível ligada ao quotidiano da família Montenegro — algo que aumentou o pânico inicial.
Hugo ficou em choque quando percebeu o que acontecera. Segundo fonte próxima da família, foi “um dos momentos mais angustiantes da sua vida”, não apenas pelo furto, mas pelo receio de que o ataque tivesse motivações mais sérias. O jovem apresentou queixa imediatamente e, numa operação relâmpago, as autoridades rastrearam os equipamentos até ao bairro da Pasteleira, onde foram encontrados intactos.

O assaltante terá fugido logo após aceder aos dispositivos, possivelmente ao perceber que estavam a ser localizados.
Apesar de manter silêncio público, fontes próximas revelam que Luís Montenegro ficou profundamente abalado pelo incidente, temendo que se trate de um aviso, uma vigilância encoberta ou até uma ameaça política disfarçada de assalto comum.
O que parecia um simples furto transformou-se num episódio carregado de mistério, tensão e perguntas sem resposta — e que deixou a família do primeiro-ministro sob uma inesperada nuvem de insegurança.