O que deveria ser uma viagem cheia de alegria, reencontros e descanso transformou-se numa das mais violentas e dolorosas tragédias das estradas portuguesas. Na noite de sábado, no IP2, em Castro Verde, cinco vidas foram brutalmente interrompidas numa colisão devastadora que deixou autoridades, familiares e todo o país em choque absoluto.

A família, que regressava de Inglaterra — onde vivia e trabalhava — seguia de Faro rumo a Mourão, a terra natal onde os esperavam dias felizes. Mas, a poucos quilómetros de concretizar esse abraço tão esperado, o destino virou-lhes as costas de forma impiedosa. O carro onde viajavam embateu violentamente contra outra viatura e, num instante, transformou-se numa bola de fogo. As chamas intensas envolveram a viatura, alastraram ao mato circundante e não deram qualquer hipótese de fuga aos ocupantes.
Dentro do carro seguiam cinco pessoas, uma família inteira destruída num só momento:
• Domingos Serrano, 55 anos
• Maria Serrano, 51 anos
• Os gémeos Domingos e Afonso, ambos de 20 anos
• Verónica, 19 anos, de nacionalidade polaca, namorada de um dos jovens

Todos morreram carbonizados, num cenário descrito como “impressionante, abrupto e impossível de esquecer” por quem chegou ao local poucos minutos depois da colisão.
A dor espalhou-se rapidamente pela vila de Mourão, onde familiares aguardavam ansiosos a chegada dos cinco. Esperavam abraços… e receberam notícias devastadoras. A família Serrano era conhecida pela união, pelo trabalho árduo e pela alegria que traziam sempre que regressavam à terra. Desta vez, regressaram apenas em memória.
As circunstâncias da colisão estão a ser investigadas, mas já há perguntas a inquietar todos:
O que aconteceu exatamente naquele momento?
Porque o carro incendiou tão rapidamente?
Poderia alguém ter sobrevivido?
As respostas ainda não chegaram — e o mistério só torna a dor mais pesada.

Hoje, o país chora.
Castro Verde está em silêncio.
E uma comunidade inteira tenta aceitar o impossível: cinco vidas que desapareceram numa estrada, sem aviso, sem despedida, sem retorno.
Uma tragédia tão súbita quanto irreparável… e que Portugal jamais esquecerá.