Médicos desistem de Ângela Pereira e país reage em choque: apelo desesperado comove famosos e reacende esperança fora de Portugal
A história de Ângela Pereira, de apenas 23 anos, está a abalar profundamente o país. Jovem, residente em Viana do Castelo e internada no IPO do Porto, Ângela foi confrontada com a notícia mais dura que alguém pode receber: os médicos que a acompanhavam informaram-na de que já não havia mais tratamentos eficazes e que seria “apenas uma questão de tempo”
Perante o que descreve como um abandono terapêutico, Ângela decidiu quebrar o silêncio e expor a sua realidade nas redes sociais. O desabafo, cru e desesperado, tornou-se viral em poucas horas e gerou uma onda de comoção nacional. “Sou uma menina com tudo pela frente”, começou por escrever. Após um transplante de medula marcado por múltiplas complicações, foi-lhe diagnosticado um aspergiloma, um fungo raro e extremamente agressivo, especialmente em doentes imunodeprimidos. Segundo a jovem, o fungo “está-me a matar aos poucos”.
No relato que partilhou, Ângela afirma que a medicação foi interrompida, os exames suspensos e que ouviu de um médico uma frase que descreve como devastadora: “É dar tempo ao tempo até que tudo se encerre.” Sem forças físicas, mas com uma lucidez emocional impressionante, deixou claro que não estava disposta a desistir. “Tenho uma grande vontade de viver e a esperança de que tudo vai ficar bem”, escreveu.
A jovem fez questão de sublinhar que não pede dinheiro, apenas ajuda. Pede partilhas, uma segunda opinião médica e a possibilidade de ser transferida para profissionais que queiram continuar a lutar pela sua vida. No seu apelo, mencionou a existência de uma unidade especializada em Manchester, dedicada precisamente ao tratamento deste tipo de infeções fúngicas, como uma última esperança.
A reação foi imediata. Figuras públicas de várias áreas juntaram-se ao apelo, usando as suas plataformas para amplificar a voz de Ângela. Entre os nomes que já reagiram estão Carolina Deslandes, Beatriz Barosa, Rita Salema, Luciana Abreu, Sofia Ribeiro, Raquel Strada, Raquel Tillo, António Raminhos e os Calema, entre muitos outros. As mensagens multiplicam-se, todas com o mesmo tom: incredulidade, empatia e um apelo à ação.
O caso de Ângela Pereira abriu um debate profundo sobre limites da medicina, esperança, acesso a segundas opiniões e o direito de um doente a continuar a lutar. Entre a dor e a coragem, a jovem transformou o desespero numa voz que agora ecoa por todo o país — e que muitos se recusam a deixar cair no silêncio.
