A manhã desta sexta-feira, 4 de julho, amanheceu carregada de uma estranheza que poucos conseguiram explicar — e, horas depois, Portugal inteiro perceberia porquê. Luís Jardim, um dos nomes mais icónicos da música e da televisão portuguesa, morreu no exato dia em que completava 75 anos. O destino, cruel e simultaneamente poético, escreveu um fim que ninguém poderia imaginar.

A notícia chegou como um choque elétrico: o Presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, confirmou publicamente a perda, visivelmente abalado, descrevendo Luís como “um amigo irrepetível”. Mas os detalhes que começaram a surgir elevaram a tragédia a um nível ainda mais surpreendente.
Segundo informações avançadas pela CMTV, Luís Jardim sofreu uma paragem cardiorrespiratória em casa, na zona do Cadaval, logo nas primeiras horas da manhã. A morte foi declarada no local, deixando familiares, amigos e admiradores num estado de incredulidade total. Fontes da TV Guia revelam que o músico terá sido vítima de um enfarte súbito — um ataque tão inesperado que nem chegou a dar tempo para pedir ajuda.

Amigos próximos descrevem o ambiente na residência como “silencioso demais”, como se o próprio espaço tivesse percebido que algo extraordinário tinha acontecido ali. Alguns vizinhos afirmam que, na noite anterior, Luís parecia particularmente emocionado por completar 75 anos — uma data que, dizia ele, simbolizava um novo ciclo da sua vida.
A repercussão foi imediata.
Cristina Ferreira, profundamente emocionada, recorreu às redes sociais para partilhar uma mensagem que deixou milhares de seguidores em lágrimas:
“Gostava tanto dele. Tanto. Foi sempre maravilhoso em todos os programas que fiz com ele.”
Nos bastidores, contam que Cristina teve dificuldade em terminar a gravação que tinha marcada para o dia, tendo interrompido várias vezes ao recordar momentos partilhados com o produtor musical, que sempre encarou o palco como extensão natural da sua alma.

Luís Jardim, nascido na Madeira, carregou desde cedo a ousadia dos que não têm medo de ir mais longe. Emigrou jovem, conquistou estúdios internacionais, produziu estrelas e escreveu capítulos decisivos da música portuguesa. Para o grande público, era também o jurado carismático que brilhou em ‘Ídolos’, ‘A Tua Cara Não Me É Estranha’ e ‘Uma Canção Para Ti’.
Hoje, muitos descrevem a sua morte como “um rasgo abrupto num espetáculo que ainda não deveria ter terminado”.
Outros dizem que Luís partiu como viveu: de forma inesperada, marcante, impossível de ignorar.
Portugal despede-se de um gigante da cultura.
O mundo da televisão perdeu um mestre.
A música perdeu um dos seus magos.
E todos nós perdemos alguém que sabia transformar som, palco e vida… em emoção pura.