O que era para ser um dos momentos mais felizes da sua vida transformou-se num período de dor silenciosa e luta interior. Dânia Neto abre o coração como nunca antes numa entrevista intensa a Daniel Oliveira, no programa Alta Definição, da SIC, que será emitido este sábado, 8 de março, Dia Internacional da Mulher — uma data que ganha ainda mais significado com o testemunho cru da atriz.

Num excerto já divulgado pelo apresentador, Dânia desmonta o mito da maternidade perfeita que tantas mulheres continuam a ouvir. A atriz confessa que lhe pintaram o parto e o nascimento do filho como um conto de fadas inevitável: dor, seguida de amor absoluto, felicidade instantânea e tudo resolvido. Mas a realidade foi bem diferente — e muito mais dura.
“Não é nada disso”, admite, com franqueza.
“Também é isso… mas não é só isso. É muito duro.”
Dânia descreve o parto como um momento fisicamente violento e emocionalmente esmagador, seguido por um pós-parto que a apanhou desprevenida. Dias e noites marcados por lágrimas constantes, medo e uma sensação avassaladora de solidão, mesmo rodeada de amor.
![]()
“Chorava todos os dias, a toda a hora”, revela.
“Não sabia se estava a entrar numa depressão ou se aquilo era normal.”
A atriz fala de um estado limite, em que o corpo estava exausto e a mente em alerta permanente. O peso da responsabilidade tornou-se sufocante. Havia momentos em que sentia necessidade urgente de sair, de respirar, de fugir por instantes daquele turbilhão — mas a culpa surgia imediatamente.
“Sentia que precisava de ir lá fora respirar… mas não conseguia ir, porque sentia culpa. Culpa por deixá-lo.”

Segundo pessoas próximas, houve dias em que Dânia se sentiu presa dentro da própria casa e da própria cabeça, questionando-se em silêncio se estava preparada para ser mãe, se estava a falhar, se alguma vez voltaria a sentir-se inteira.
A entrevista promete ser um dos momentos mais impactantes da atual temporada de Alta Definição, não só pela exposição emocional da atriz, mas por dar voz a uma realidade que tantas mulheres vivem — e poucas admitem em voz alta.
No Dia Internacional da Mulher, Dânia Neto quebra o silêncio, desmonta ilusões perigosas e deixa uma mensagem poderosa: a maternidade também pode doer — e isso não faz de ninguém uma mãe pior.